27.7.07

POST COM MUITAS CORES

Sinedoque inclui-me numa corrente onde é suposto, se bem entendi, escolhermos 10 weblogs que gostaríamos de folhear. Sendo fã declarado das correntes, não posso dizer que o seja de weblogs passados a papel. Na verdade, é bem possível que eu seja um dos poucos bloggers que não possui nas suas estantes um único weblog integralmente transformado em livro. Questões de gosto. Aprecio, isso sim, livros que resultem da arrumação de textos anteriormente publicados em weblogs. Desses, tenho alguns de poesia e de conto. Eu próprio já fui aliciado para tal prática. No entanto, dispenso comentários políticos instantâneos com capas de relevo e vossências badanas. Dito isto, cá vai d’alho:

1 - O Diário Dócil, do António Gregório, daria um bom livro;
2 - As short stories do Rui Manuel Amaral também;
3 - O mesmo para os aforismos que o Alexandre Borges publica n’O Boato;
4, 5 e 6 - Colectâneas de poemas da Soledade, do Nocturno com gatos, do Nuno, d’As Musas Esqueléticas, e do Daniel Abrunheiro;
7 – Algumas azias, do azeiteazia, dariam um livro humorístico com muita piada (o que é cada vez mais raro nos livros humorísticos);
8 – A prosa íntima do Lourenço Bray, n’O Nascer do Sol, sobretudo quando fala do pai, da namorada e dos livros que nunca chegou a terminar;
9 - O Palavras da Tribo tem muita história que podia ser arrumada em livro;
10, 11 e 12 – Traduções de Daniil Harms, n’O Vermelho e o Negro, de Charles Bukowski, n’o amor é um cão do inferno, e das senhoras Margaret Atwood, Alejandra Pizarnik e Anne Sexton, no There’s only 1 alice.

Escolhi 12 para não ser igual aos outros. Não me solicitem é que passe a corrente a outras almas caridosas. Esta é minha, só minha e de mais ninguém.
P.S.: Esqueci-me d'A Bola no Olival, do Vasco M. Barreto.

7 Comments:

At 8:02 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Talvez não devesse dizê-lo, mas não resisto: das "short stories" do ponto 2 já se está a tratar. Bom livro à vista, portanto!

 
At 10:10 da tarde, Blogger lebredoarrozal said...

muito obrigada:)

 
At 1:23 da tarde, Blogger António said...

Obrigado :), embora ultimamente só com muito esforço consiga esfolar um ou outro texto. Mas há a desculpa do calor, graças a deus.

 
At 2:42 da tarde, Blogger sinédoque said...

Muito colorido, sem dúvida, e ainda não não escorreiguei na totalidade deste arco-íris que me abriste!Não páro de rir. Adorei o Diário Dócil!

Bom fim-de-semana

 
At 3:41 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Vim aqui saber como andavas a escrever e fiquei contente com o que li. Depois foi uma surpresa ver escolhido o Musas, no preciso dia em que resolvi dar-lhe fim. Encontrar-me-ás noutro lugar, com os versos da adicção de que padeço e outras coisas muitíssimo mais úteis. "Is time to die", diria na voz de Roy, do Blade Runner, em jeito de epitáfio. Obrigado. Um abraço.

 
At 11:02 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Grata, Henrique :)
Há uns tempos, num contexto preciso, disseste-me que o tempo não vai para filosofias. Para poesia também não. E, como dizia uma nossa comum amiga, descobrindo este ano o que eu já sentia na pele há alguns (deve ser melhor ser psiquiatra no Brasil que professora em Portugal), o excesso de trabalho e de pragmatismo (palavras dela) secam a inspiração. Mas vai-se escrevendo, sem outro fito além desse mesmo. Agradeço-te a referência.
Um abraço

 
At 7:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Estava a fazer uma pesquisa e num outro blogue li «poemas da Soledade». Fiquei curiosa. Também me chamo Soledade e escrevo poemas - há, já, três livros publicados nestes anos. Fora o resto. Vim aqui e gostei do que li. É um bom poema. Não deve admirar-se, mas costumo abreviar o nome para Sol! São coincidências. Tenho um blogue:
sarrabal.blogs.sapo.pt, onde os poemas têm prioridade.
Se desejar conhecer, é só aparecer por lá. Terei todo o gosto. Sim, que Soledades, ainda por cima a escrever poesia, devem haver poucas...
Saudações cordiais
Soledade Martinho Costa

 

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