Alcides.2
eu não entouço políticos, prezo bem a saúde cá da enxúndia. mas fui deputado por um dia, e era dia de votança quando uma juana veio apresentar os desidérios para a felicidade do rebanhol, caracóis e mousse a deslindar a faventa da pitoska. estava-lhe o olharéu a desviar na direcção psicológica do tesundo, o botão prás votações ligado e eu já de crista espetada no voto sem mãos nem nada, em atenção à dignidade da leona. ganhámos, a pitoska recolheu a dignidade do apoio que lhe dei mas tinha um problema em manter a tola debaixo da tábua da mesa de deputado, e quiseram anular a votação e interromper a consideração que ela santamente arquivava na bocanha arrebatada pela gosma ardente. Os outros, incrédulos, corados, também queriam. Mas quando a urna é séria eu não a posso entregar aos jagonzos da política e por isso sugeri-lhes que se aviassem por decreto. Certo era o mastodôncio não se conter no botão declarador do voto e é quando chegam os bombeiros. Passou-se uma semana e nós subindo já a mesa do presidente da sala, desmaiado das sucessivas gongas no reportório por mão própria. Veio o exército e a juana continuava firme quanto ao rumo do reino da gosma, que nesta altura lhe saía plos outros orifícios e inundava a sala, enquanto os soldados se entretinham com as mangueiras, festa dos bombeiros, como se fosse uma discoteca do Porto. À terceira semana resolvemos descontrair um pouco da política, e abandonamos o recinto depois de eu polir a entaladeira, e de espalhar na urna da pitoska um pouco do cheiro a mentol da bandeira verde e vermelha do país da política como deve ser.
Alcides
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