6.11.07

SONHO E REALIDADE

Movido por uma inusitada curiosidade, tentei ver parte do debate que ocorreu hoje na AR. Tentei mas não consegui. As pálpebras começaram a pesar demasiado, fecharam-se e, ao que parece, terei adormecido. Não estou certo de que tenha mesmo adormecido, pois guardo imensas imagens e frases que, em flashes, surgem-me vivas na memória como se eu tivesse seguido o debate atentamente. Por exemplo, tenho perfeita memória de que o PM lembrou o passado recente de PSL e de PP enquanto porta-estandartes do mais inútil dos governos de que há memória no Portugal democrático. Também me recordo bem do líder da bancada parlamentar do PS a elogiar o governo reformista, o programa do governo reformista, o orçamento de estado do governo reformista. E quase que aposto ter visto Bernardino Soares pronunciar sucessivos «muito bem, muito bem, muito bem» às interpelações de Jerónimo. Louçã lá estava, com o seu sorriso de orelha a orelha, e mais um daqueles truques retóricos que dão muito que falar mas acabam sempre em nada. No meio disto tudo, só não me lembro de ter visto o tipo dos Verdes. O guedelhudo. É provável que tenha sido comido por Jaime Gama. Ou não terei visto nada? Estarei a delirar? Será que sonhei?

3 Comments:

At 12:51 da tarde, Blogger manuel a. domingos said...

o gadelhudo dos verdes apareceu. e (espante-se!) disse quase o mesmo que disse o Jerónimo de Sousa. só que não ouviu os muito bem, muito bem, do Bernardino. nem de ninguém

 
At 1:28 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Foi de facto um espectáculo lamentável, desde o arrogante, auto-complacente e engarotado Sócrates até ao confuso e destreinado Santana, passando pela fotocópia coreana Bernardino e pelo hirsuto verde, não esquecendo o voz-do-dono ps qualquer coisa Martins ou o circunspecto e sériozinho Patinha Antão (com este nome caricatural, o que esperavam?).
Na verdade, estamos entregues a bichos de grande apetite.
E aquela de o premier e companhia ter entregue por 100 anos o negócio das estradas à Brisa, foi o detalhe tragicómico que serviu de cereja no bolo.
Mude-se o regime!(Já que mudar o Bernardino é mais difícil).

 
At 6:54 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Quero ser inteiramente justo.
Hoje o debate orçamental esteve mais animado e deglutível, com o Santana a dizer coisas apropriadas. Mesmo que discutíveis.
Uma coisa devo dizer a seu favor e é que, concorde-se ou não com ele, não tem tiques de maldade. Ao contrário de Sócrates, que é claramente um tipo mau e verrinoso. Na linha do seu colega de traquitanas, Santos Silva, um sujeito político acintoso e com um discurso velhaco.
Decencia e política não vão bem a par, mas é necessário tentar que ela não seja colonizada inteiramente por malandrins.

 

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