DANIEL OLIVEIRA, UAU
1. Eu pretendo evitar ter carros de alta cilindrada (resumindo: caros) por duas ordens de razões: a) dão mais chatices a quem, como eu, não gosta de tomar conta de carros – metê-los na garagem, dar moedinha ao estacionador, etc.; b) não pretendo contribuir para reforçar a importância dos carros enquanto símbolos de sucesso – porque não me agrada a ideia de “sucesso” que utiliza estes símbolos e objectos como forma de motivar comportamentos “meritórios”, isto é, desejados pelo discurso dominante.
2. Apesar disto, tento compreender a motivação das pessoas que pensam de forma diferente da minha relativamente àqueles objectos, e que apresentam razões mais ou menos válidas para os ter, nomeadamente: a) segurança; b) prazer de conduzir um automóvel potente; c) fiabilidade técnica; d) compensação para a calvície e a próstata.
3. Quanto à publicidade em geral (e o que tem isto a ver com carros?), quando vejo a Cláudia Schiffer ou o Cristiano Ronaldo num spot, o que me passa na cabeça é um misto de dois pensamentos: tenho pena deles, insulto-os?
4. Admito, no entanto, que mesmo um indivíduo que tenha a subsistência assegurada recorra à publicidade como forma de fazer algum dinheiro extra. Mas aqui já contam os motivos. Ele pode utilizar o dinheiro para fazer algo (como uma associação que combata a estrutura social onde a imbecil publicidade é possível) que compense um “compromisso” de outro modo dispensável; ou ir passar férias.
Resumindo: fazer publicidade a um banco, para comer, é aceitável; se não for para comer depende, pode ser aceitável ou não. Isto é uma questão do foro íntimo de cada um e é também uma questão social.
5. O Daniel Oliveira fazer publicidade a um banco no seu blog mostra bem a sua pobreza de espírito. Imagine-se o homem a pensar: hum, se eu não fizer há outro qualquer, ainda mais grunho do que eu, que faz…ná, venham lá as moedinhas. Ou então: Eheh, tá o BES a pagar-me, e eu se acordar mal-disposto ainda digo mal deles, ah pois digo, lá por me tarem a pagar. Ou então: o anti-capitalismo moderno e inteligente não é compatível com posicionamentos anti-estratégicos típicos de comunistas cinzentamente desprovidos de glamour intelectual.
6. É por estas e por outras que o Bloco de Esquerda não me merece, digamos, um enorme respeito. Porque me parece ter demasiados Daniel Oliveira, este tão agora filho da puesia.
Rui Costa
2. Apesar disto, tento compreender a motivação das pessoas que pensam de forma diferente da minha relativamente àqueles objectos, e que apresentam razões mais ou menos válidas para os ter, nomeadamente: a) segurança; b) prazer de conduzir um automóvel potente; c) fiabilidade técnica; d) compensação para a calvície e a próstata.
3. Quanto à publicidade em geral (e o que tem isto a ver com carros?), quando vejo a Cláudia Schiffer ou o Cristiano Ronaldo num spot, o que me passa na cabeça é um misto de dois pensamentos: tenho pena deles, insulto-os?
4. Admito, no entanto, que mesmo um indivíduo que tenha a subsistência assegurada recorra à publicidade como forma de fazer algum dinheiro extra. Mas aqui já contam os motivos. Ele pode utilizar o dinheiro para fazer algo (como uma associação que combata a estrutura social onde a imbecil publicidade é possível) que compense um “compromisso” de outro modo dispensável; ou ir passar férias.
Resumindo: fazer publicidade a um banco, para comer, é aceitável; se não for para comer depende, pode ser aceitável ou não. Isto é uma questão do foro íntimo de cada um e é também uma questão social.
5. O Daniel Oliveira fazer publicidade a um banco no seu blog mostra bem a sua pobreza de espírito. Imagine-se o homem a pensar: hum, se eu não fizer há outro qualquer, ainda mais grunho do que eu, que faz…ná, venham lá as moedinhas. Ou então: Eheh, tá o BES a pagar-me, e eu se acordar mal-disposto ainda digo mal deles, ah pois digo, lá por me tarem a pagar. Ou então: o anti-capitalismo moderno e inteligente não é compatível com posicionamentos anti-estratégicos típicos de comunistas cinzentamente desprovidos de glamour intelectual.
6. É por estas e por outras que o Bloco de Esquerda não me merece, digamos, um enorme respeito. Porque me parece ter demasiados Daniel Oliveira, este tão agora filho da puesia.
Rui Costa
2 Comments:
O tal Oliveira sempre foi um sujeito muito fraquinho, enquanto intelectual, ou pensador, ou operador, ou lá como se chama isso.
Não faz mal, não tem mal, está muito acompanhado por outros do mesmo estilo.
O que é grave, e inquietante, é haver, ter havido, continuar a haver, gente, pessoas, manfios, que tenham alguns anos, meses, horas, minutos, confiado na qualidade destes senhores.
Confiado, aceitado, propagado, num desiderato inútil, lamentável, errado.
Porque o que os oliveiras precisam ou merecem é (...) - aqui uma caterva de sugestões, mas a que prefiro é recomendar que se olhe esse blogueur com naturalidade cruel e justa.
Uau, na muche e com pinta.
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