10.12.05

the United States is without doubt the greatest show on the road

A justificação para a invasão do Iraque era o facto de que Saddam Hussein possuía um perigoso arsenal de armas de destruição em massa, algumas das quais podiam ser disparadas em prazo de apenas 45 minutos e seriam capazes de causar chocante devastação. Garantiram-nos que isso era verdade. Não era verdade. Fomos informados de que o Iraque tinha um relacionamento com a rede Al Qaeda e era co-responsável pela atrocidade de 11 de Setembro de 2001 em Nova York. Garantiram-nos que isso era verdade. Não era verdade. Fomos informados de que o Iraque representava uma ameaça para a segurança do mundo. Garantiram-nos que isso era verdade. Não era verdade.
A invasão do Iraque foi um acto de banditismo, um acto de gritante terrorismo de Estado, e demonstrou completo desprezo pelo conceito de lei internacional. A invasão foi uma acção militar arbitrária inspirada por uma série de mentiras e mais mentiras, por absurda manipulação dos media, e portanto do público; um acto cujo objectivo é consolidar o controle económico e militar norte-americano sobre o Médio Oriente, disfarçado de acção de último recurso, já que todas as demais justificações não conseguiram defender a ideia de que se trataria de um acto de libertação. Uma formidável afirmação de poderio militar, responsável pela morte e mutilação de milhares e mais milhares de pessoas inocentes.
O que aconteceu à nossa sensibilidade moral? Será que algum dia existiu? O que quer dizer essa expressão? Refere-se a um termo raramente empregado nos nossos dias, a consciência? Uma consciência que se relaciona não apenas aos nosso actos mas à responsabilidade de que compartilhamos pelos actos alheios? Será que isso tudo morreu? Pensem na baía de Guantánamo. Centenas de pessoas detidas sem acusação por mais de três anos, sem direito a representação legal, sem direito a processos justos, tecnicamente detidas para sempre. Essa estrutura totalmente ilegítima é mantida em flagrante desafio à Convenção de Genebra. É não apenas tolerada mas raramente comentada pelo que costumamos designar como "comunidade internacional". Esse ultraje criminoso está a ser cometido por um país que se declara "líder do mundo livre".
Excertos da leitura de Harold Pinter
na entrega do Prémio Nobel da Literatura.

1 Comments:

At 1:48 da tarde, Anonymous Anónimo said...

a querra do iraque foi apenas um acerto de contas. se o iraque tivese armas do trimonio nbqu eles não teria invadido por que então não invade a Coreia do norte e Irã que publivamente dizem está produzindo armas de destruição em massa, se os eua se dizem ser defesenres da democracia e liberdade. a querra do iraque foi uma ganancia petrolifera e que custou a vida milhares de pessoas o verdadeiro criminoso e geoge w.busch e sua gangue esses ism merecem ser julgados quando os eua armaram saddam foi pra combater qualque inimigo que se levanta-se contra o regime mais bem apoiado pelos eua e seus aliados só que os eua tinham um grande problema a enfreta o iraque não queria mai ser satélite de washington e nem depede do guarda chuva nuclear dos eua quando o país decidiu rompe com os americanos houve a querra talvez pra não mostra a partipação da casa branca e do petagano nos massacre e querra ocorridos no país

 

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