CAMINHANDO PELO DESERTO
O meu maior inimigo é a burocracia. Dou-me pessimamente com a burocracia. Começo a suar, sofro de palpitações, fico com enxaquecas, ataques de pânico, um horror. Não tenho aptidão para lidar com nada que seja burocrático, sofrendo também as consequências disso. Nos tempos que atravessamos, um cidadão bem sucedido tem, inevitavelmente, de saber dançar com a burocracia. Eu, como não sei, troco-me nos ritmos e, vai-não-vai, piso-lhe os pés. Mas ao contrário do que sucede no tango, neste caso quem pisa é quem sofre. Ou seja, paga multas. Ele é o IVA, o IA, a SS, o que quiserem. Se eu lidasse bem com a burocracia seria muito mais feliz. Os pagamentos por Multibanco e a Internet vieram facilitar-me a vida. Devo dizer que, já por duas vezes, resolvi questões complicadas com as Finanças pela Internet. Foi rápido e eficiente, o que é muito raro neste país. A gente precisa de dizer bem do que está bem. Mas mais recentemente arranjei um imbróglio com quem menos esperava: um banco. Não irei, para já, adiantar muito sobre o assunto. Alerto só para algo que, provavelmente, já todos os leitores do Insónia saberão. Eu não sabia. Não confiem nos bancos, são uma cambada de aldrabões, abusadores, impostores e chulos. Fazem tudo de forma a que seja o cliente a servi-los e não o contrário. É vergonhoso o poder que os bancos têm neste país. Quando me falam nas regalias dos funcionários públicos, dá-me vontade de rir. Olhem para as regalias dos bancos. A minha revolta (re)volta-se na direcção desses apaniguados do regime, um regime que lhes é subserviente como cão ao dono. Regra de ouro: não confiar nos bancos, nunca seguir as sugestões dos bancos.
2 Comments:
como compreendo tão bem todas estas palavras....
como eu compreendo tão bem estas palavras.....infelizmente!
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