MÍNIMOS
Não posso ter destas questões uma opinião que não seja a mais prática possível em função da experiência pessoal. Diz-me a dita que o mínimo é sempre mínimo, que devia haver uma forma de obrigar quem emprega a pagar o trabalho em função da produtividade do empregado. Não me cabe na cabeça, por exemplo, que em nome da concorrência, sempre com a balela dos benefícios para o consumidor a alumiarem o caminho, se dê cabo do poder de compra das pessoas. Porque, em nome da concorrência, o que se verifica é toda uma série de pretextos para não pagar o trabalho com o mínimo de justiça exigível. Ele é toda uma parafernália de recibos verdes, estágios de borla, flexiprecariedade, objectivos inalcançáveis, que apenas garantem os lucros de quem emprega e a atitude rastejante de quem trabalha.
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