9% DE RESERVAS
Um amigo, depois de ter lido isto, chamou-me exagerado e pessimista. Expliquei-lhe que a minha intenção não era comparar o que se passa no Curdistão iraniano com o que se passa em Portugal, era apenas reforçar a ideia final de que há cada vez menos pessoas, no nosso país, a verem no ensino uma actividade útil. Falei-lhe de experiências pessoais, experiências acarretadas ao longo de 10 anos de ensino público, privado, formação profissional, explicações, etc. Nada serviu para o convencer do óbvio: são poucas as pessoas em Portugal que consideram o ensino uma actividade útil. Praticamente esvaziado de recursos, encaminhei-o para este post, onde citava outro post que, por sua vez, citava uma reportagem passada na SIC. Os números não enganam, e a indiferença das pessoas perante aqueles números é ainda mais gritante: são cada vez menos as pessoas em Portugal que consideram o ensino uma actividade útil. Foram necessários 9% de analfabetos para que o meu amigo se convencesse dessa evidência. Mas ainda com algumas reservas.
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