David Bowie
Faz uma adolescência que li este livrinho sobre David Bowie. A segunda edição, a que possuo, data de 1984, tinha eu 10 anos. É provável que o tenha lido por volta dos meus 15. Chama-se David Bowie, Três Décadas de Metamorfoses e foi escrito por Álvaro Costa, Fernando Costa e Francisco Pacheco. Integrado na Colecção Rock On da Centelha, traça um simpático retrato biográfico dos primeiros anos da carreira de um dos poucos grandes nomes da pop internacional que soube sempre renovar-se, recriar-se e estar à frente do seu tempo. David Robert Jones nasceu a 8 de Janeiro de 1947, começou a tocar saxofone, interessou-se pelo movimento folk, deixou-se levar na corrente das modas. No início não se pede outra coisa a um músico que almeja o sucesso imediato. Ser pop, ser consumido, é deixar-se absorver pelo tão efémero quão hedonista mundo das modas. Foi o que Bowie fez, acarretando as consequências de logro em logro. Quando o sucesso se abeirou de Bowie, por culpa de uma sociedade ávida de excessos, transgressões e luxúria, a agenda da música pop – pop de Warhol, pop de Iggy, pop de Stones, pop de Velvet - foi definitivamente transformada. Transformada no sentido literal do termo, já que não é outro o legado de David Bowie senão essa impressionante e inextinguível capacidade metamórfica. Eu sempre preferi o que se transforma ao que se deixa cristalizar, o inacabado ao que nasce já morto. Sou do clube Bowie, mesmo quando o papel de parede parece piroso. Parabéns camaleão. Nesse mundo absurdo da pastilha elástica, há sabores que ficam. Melhor que o teu, só mesmo o do Rei Lagarto.
2 Comments:
Graças à «Rock on» da Centelha fiz a minha cadeira de Introdução aos Doors.
Espero que tenhas tido uma boa nota. :)
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