Alcides.1
há basto tempo não vos conto meus domésticos vícios. julgaram rotos leitores que a verga se calou, imune ao desafogo que na poesia esbate punheteira forma. esganai-vos com prosa de só coçardes a dita em perambólica monha, eu vos perdoo. rico não estou porém da estranja sina, alargo a experiência com tântricos remédios. no mosteiro de singeverga foi assim: o sacristão fendido ajudando a preparação do licor e eu esgalhando a mastodôncia pra cima do madeiro cá de trás. cantou o coro com a gosma entrando plas bocas a afinar o vício, que a santonta desceu cá abaixo a ver se havia mais. e havia, fiz-lhe um soneto que ela perguntou se podia chamar um anjo pra lhe amparar a excedentária com as asas. o anjinho entalou-se com a dita e solfejou mais cedo, a superiora também quis. jesus cristo dai-me disto. e dei eu, tomai deste céu. santa senhora, que o sois menos agora. as asas do anjinho esburacadas do travasso assertório resvalando plas hóstias, tvi à porta, o altíssimo de hossanas a pedi-las. e como não gosto que me peçam virei-me às câmaras e entalei o gorgulhão até se virem escuras, e foi assim que me amancebei com deus, que afinal é gaja e tem uma xauvineta que dá pra encalcetar o universo. e depois fui-me, com um sentimento bastante agradável a pingalhar o tapete dos restos da minha alegria.
Alcides
Alcides
2 Comments:
Ai Alcides Costa, saíste-me cá um prato! Estava eu aqui a cabecear e prestes a recolher ao ninho quando me aparece esta divina foda, e que remédio tive senão rir a bom rir.
Sem margem para dúvidas...total ausência de vocação para o sacerdócio!
PB
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