ANAGRAMA
No instante em que se desmancha
a pele, o hálito, a dança,
ouve-se o aviso enorme
de algo que invade e que envolve:
«é coisa estranha, a morte».
No entanto, mesmo cansado,
mesmo com sono ou com tédio,
convivo com o que vejo,
e, frente a ela, percebo
a coisa estranha: a vida.
a pele, o hálito, a dança,
ouve-se o aviso enorme
de algo que invade e que envolve:
«é coisa estranha, a morte».
No entanto, mesmo cansado,
mesmo com sono ou com tédio,
convivo com o que vejo,
e, frente a ela, percebo
a coisa estranha: a vida.
Felipe Fortuna nasceu no Rio de Janeiro em 1963. Mestre em Literatura Brasileira, é poeta e ensaísta. Iniciou a sua carreira a colaborar em diversos suplementos literários, tendo-se estreado, em 1986, com Ou Vice-Versa. Seguiram-se colectâneas de poemas, livros de crítica literária e ensaios. Traduziu a integral de Louise Labé. É diplomata. »
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