MUDAR A VIDA
Sobre os tais livros que não mudaram a minha vida, já escrevi aqui, aqui e aqui. Não escreverei mais, mas não posso deixar de sublinhar este inteligente reparo da Charlotte: «Eu não ia querer que um professor meu anunciasse que Proust não mudou a vida dele; nunca o respeitaria. Mas isso é comigo. E só mais uma coisa: enxovalhar os mortos é muito fácil. Pena que não tenham mencionado nenhuma obra de nenhum escritor português vivo.» Ah pois é! É, é… E, em certos casos, nem um escritor português. Por que será que será? Ou os portugueses só escrevem obras fundamentais ou, em alternativa, nada escrevem que mereça ser citado. Até numa lista do género da que ainda mexe.
3 Comments:
Nenhum livro mudou a minha vida, já a revista Tintin se perfila como uma boa candidata a isso :).
exacatamente, em certos casos! na minha lista não faltam lá escritores portugueses vivos: Saramago, António Mega Ferreira, Mafalda Ivo Cruz. E na tua também não faltam: Agustina, Damásio, José Gil, Gastão Cruz.
E não me importaria nada que um professor meu anunciasse que Proust não mudou a vida dele, ou Joyce ou Cervantes ou Kafka ou outro qualquer. Só demonstraria, talvez, honestidade intelectual. O pior é dizer que um livro mudou a nossa vida sem nunca ter sido lido por nós ou considerarmos o livro uma terrível seca. Isso, sim, seria mau.
Mário, para um próximo desafio sugiro «as revistas que mudaram as nossas vidas»
Manuel, eu concordo com a Charlotte em dois aspectos: 1) também não quereria que um professor meu anunciasse que Proust não mudou a vida dele (desde logo, mas não só, porque me estaria nas tintas para a vida do profesor); 2) falhando pela generalização, a Charlotte tem razão quando diz que alguns ilustres não mencionaram nenhum escritor vivo. Num dos exemplos por mim linkado isso é especialmente relevante.
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