12.3.09

PÁGINA 161

Acontece, caríssima Sofia, também por primorosa desarrumação, que à medida do braço estendido eu tenho vários livros. Raramente esses livros atingem as 161 páginas. É o caso, pelo que se constata estar cara a poesia. Nem mesmo A Loucura de Deus, de Peter Sloterdijk, ou o Elogio da Intolerância, de Slavoj Zizek, se dignam ir além das 139 e 148 páginas respectivamente. Estão os dois a olhar para mim aqui do lado direito, por cima da Félix Culpa de Clara Pracana, este sim, com mais de 300 páginas, e o Sud-Express... Se começo a falar do que espera nunca mais me calo, pelo que o melhor é ir adiantando que nada disto ainda foi lido. Meto as unhas, então, ao Adeus à Razão, de Paul Feyerabend, neste momento servindo de base a Os Nomes, de Gastão Cruz, e às maravilhosas 535 máximas, de Eastwood da Silva. O resultado é esquisito, mas cá vai. A quinta frase da página 161 de Adeus à Razão é um parêntesis:

(Mais tarde, Aristóteles restituiu características importantes do pensamento antigo e conseguiu, assim, uma síntese admirável do senso comum e da filosofia abstracta.)

Paul Feyerabend, in Adeus à Razão, trad. Maria Georgina Segurado, Edições 70, Janeiro de 1991, p. 161.

Passo a bola à Ana Salomé, ao Rui Almeida, ao manuel a. domingos, ao Lourenço Bray e à Rute Mota.

4 Comments:

At 3:43 da tarde, Blogger manuel a. domingos said...

já 'tá

 
At 9:03 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Realmente podíamos começar uma corrente que usasse os livros de poesia. Que tal?

 
At 12:14 da tarde, Blogger ruialme said...

Corri tanto quanto me permitiam a indumentária e as forças, conseguindo, por fim, ultrapassar as portas da cidade.

(é a 5ª frase completa da pág. 161 da 2ª edição de Malaquias, ou a História de um Homem Barbaramente Agredido - Editorial Estampa, 1972)

 
At 10:36 da tarde, Blogger hmbf said...

Manuel e tá muito bem.

Sofia, já vi. Respondo amanhã à nova corrente.

Rui, grande livro.

 

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