Esclarecimentos
Sobre a polémica aqui em curso, vejo-me obrigado, na qualidade de autor do Insónia, a prestar alguns esclarecimentos:
1- Conheci o Rui Costa pessoalmente, já depois de o ter convidado a colaborar com o Insónia. Antes disso, o Rui tinha entrado em contacto comigo através de um weblog que tive antes do Insónia: o Universos Desfeitos. Não conheço a Inês Lourenço pessoalmente, mas há algum tempo que trocamos e-mails. A Inês entrou em contacto comigo depois de ter lido o post que escrevi sobre um dos seus livros: «Logros Consentidos».
2- Tenho de ambos boa impressão, não me obrigando isso a estar sempre de acordo com o que escrevam ou façam. Já estive em desacordo com o Rui aqui no Insónia, o que, de resto, até foi elogiado pela Inês, no seu Vida Involuntária. Admiro a obra da Inês Lourenço, o seu esforço e a sua dedicação às coisas da poesia. Admiro a atitude do Rui Costa, o seu espírito livre e, como é óbvio, muitas das coisas que escreve. Orgulho-me, por exemplo, de ter sido dos primeiros a divulgar alguns dos seus poemas publicados em «A Nuvem Prateada das Pessoas Graves».
3- É bom que os leitores do Insónia saibam que nada aqui se publica sem que antes passe pelo “crivo do meu bom senso” (as aspas são só para salientar a ironia da expressão). Os colaboradores não possuem palavra passe, fazem-me chegar o seu material ou por correio electrónico ou mesmo, como muitas vezes sucede no caso da Maria João, por correio postal. Sendo assim, também eu me sinto responsável pela publicação do post que motivou a reacção da Inês Lourenço.
4- Como oportunamente expliquei à Inês Lourenço, a minha opinião sobre este assunto é simples: não considero o texto do Rui insultuoso, nem mesmo indelicado, e isso, para mim, é o mais importante. Trata-se de uma provocação que me parece pertinente, com razão de ser e que em nada fere, assim penso, a dignidade da obra visada. Não é assunto que me fascine, nem é a primeira vez que textos de badana vêm à liça neste weblog, mas não discordo do Rui quando põe em causa a pertinência de certos dados pessoais, no caso familiares, em sínteses biográficas de índole curricular. O porquê de o ter feito agora tendo por alvo uma obra específica é lá com ele.
5- Não posso, no entanto, deixar de relevar a atitude da Inês. Ao contrário do que seria de esperar, dada a importanticidade a que o meio literário português nos habituou, a Inês não fez orelhas moucas da provocação, não fingiu que não viu, manifestou a sua indignação sem pruridos nem snobismos bacocos. Alguns dirão que o melhor seria ignorar e ficar calada, até porque só tomou conhecimento do post dias depois de ele ter sido publicado. Outros, como eu, julgarão que ter reagido como reagiu é sinal de uma espontaneidade e de uma imprecaução que só abona em favor dos poetas. De gente precavida, certinha e snobe estou mais que farto. Curioso que, quando publicado, o post do Rui tenha merecido um único comentário (do Filipe Guerra). A reacção da Inês já vai em mais de 20. Se isto não diz qualquer coisa do país em que vivemos, então o que diz?
1- Conheci o Rui Costa pessoalmente, já depois de o ter convidado a colaborar com o Insónia. Antes disso, o Rui tinha entrado em contacto comigo através de um weblog que tive antes do Insónia: o Universos Desfeitos. Não conheço a Inês Lourenço pessoalmente, mas há algum tempo que trocamos e-mails. A Inês entrou em contacto comigo depois de ter lido o post que escrevi sobre um dos seus livros: «Logros Consentidos».
2- Tenho de ambos boa impressão, não me obrigando isso a estar sempre de acordo com o que escrevam ou façam. Já estive em desacordo com o Rui aqui no Insónia, o que, de resto, até foi elogiado pela Inês, no seu Vida Involuntária. Admiro a obra da Inês Lourenço, o seu esforço e a sua dedicação às coisas da poesia. Admiro a atitude do Rui Costa, o seu espírito livre e, como é óbvio, muitas das coisas que escreve. Orgulho-me, por exemplo, de ter sido dos primeiros a divulgar alguns dos seus poemas publicados em «A Nuvem Prateada das Pessoas Graves».
3- É bom que os leitores do Insónia saibam que nada aqui se publica sem que antes passe pelo “crivo do meu bom senso” (as aspas são só para salientar a ironia da expressão). Os colaboradores não possuem palavra passe, fazem-me chegar o seu material ou por correio electrónico ou mesmo, como muitas vezes sucede no caso da Maria João, por correio postal. Sendo assim, também eu me sinto responsável pela publicação do post que motivou a reacção da Inês Lourenço.
4- Como oportunamente expliquei à Inês Lourenço, a minha opinião sobre este assunto é simples: não considero o texto do Rui insultuoso, nem mesmo indelicado, e isso, para mim, é o mais importante. Trata-se de uma provocação que me parece pertinente, com razão de ser e que em nada fere, assim penso, a dignidade da obra visada. Não é assunto que me fascine, nem é a primeira vez que textos de badana vêm à liça neste weblog, mas não discordo do Rui quando põe em causa a pertinência de certos dados pessoais, no caso familiares, em sínteses biográficas de índole curricular. O porquê de o ter feito agora tendo por alvo uma obra específica é lá com ele.
5- Não posso, no entanto, deixar de relevar a atitude da Inês. Ao contrário do que seria de esperar, dada a importanticidade a que o meio literário português nos habituou, a Inês não fez orelhas moucas da provocação, não fingiu que não viu, manifestou a sua indignação sem pruridos nem snobismos bacocos. Alguns dirão que o melhor seria ignorar e ficar calada, até porque só tomou conhecimento do post dias depois de ele ter sido publicado. Outros, como eu, julgarão que ter reagido como reagiu é sinal de uma espontaneidade e de uma imprecaução que só abona em favor dos poetas. De gente precavida, certinha e snobe estou mais que farto. Curioso que, quando publicado, o post do Rui tenha merecido um único comentário (do Filipe Guerra). A reacção da Inês já vai em mais de 20. Se isto não diz qualquer coisa do país em que vivemos, então o que diz?
4 Comments:
ah man...
diz que tens um excelente blog onde se aprende muito.
e eu já aqui aprendi muito.
e ontem e hoje aprendi ainda mais.
Henrique, este post é exemplo do teu bom senso. Eu própria já reagi impulsivamente a opiniões tuas aqui, porque te interpretei mal e não tive bom-senso; e depois tive de repensar. Parece-me que a polémica em torno da badana do livro da Inês Lourenço ofendeu a própria - que tem direito a dar a sua opinião a assim o fez. Quanto ao texto do Rui, não me pareceu um ataque à autora, mas sim à badana do livro e as badanas dos livros, assim como alguns curriculum vitae de artistas nos catálogos por vezes têm dados que não interessam a ninguémm, por vezes são compostos por coisas absurdas mesmo. Não se deve dar muita atenção a isso. O melhor é disfrutar de boa poesia e boa arte, do conteudo de um bom livro ou de uma boa exposição, o resto talvez seja apenas conversa fiada.
Maria João
Nem mais.
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