Posts prometidos
Tenho um post prometido há alguns meses para o qual ainda não arranjei vontade. Entretanto, vou dizendo que tendo a concordar, em parte, com isto. E, já agora, relembrando o que tenho escrito sobre o assunto:
Sobre as manifestações dos colegas (16.9.2005)
O Estatuto dos Docentes (20.10.2005)
67 motivos para faltar (à greve) (18.11.2005)
Impressões sobre o Prós & Contras de ontem (22.11.2005)
A violência nas escolas (4.6.2006)
A culpa é do mexilhão (5.6.2006)
Os professores e a culpa (20.6.2006)
3 Comments:
1-Os professores do secundário, que eu saiba, não frequentaram escolas superiores de educação.
2- Os professores do secundário em nada se distinguem dos de outros níveis de ensino (universitário incluido).
3- os professores do secundário são funcionários do Estado. Cumprem ordens, directivas, despachos que são da responsabilidadede políticos (muitos dos quais professores universitários).
4- Os professores do secundário trabalham com adolescentes que, salvo raras excepções, são grunhos e ficam toda a vida a culpar a escola por serem os grunhos que são, como se a escola fosse um remédio. Mais valia acreditarem na virgem maria.
5- Os professores do secundário são professores. Não são padres, nem missionários, nem políticos.
6- Os professores do secundário são funcionários que, ao contrário dos da universidade, se preocupam com os alunos e desejam que aprendam, embora os alunos queiram quase sempre que ensinem menos e sejam mais amigos (leia-se: mais baldas).
7- Os professores do secundário são pessoas como outras quaisquer. Uns são mais isto, outros mais aquilo.
8- Os professores do secundário não são obrigados a defender nenhuma tese de ciências da educação (ou doutra porra qualquer), limitam-se a frequentar acções de formação, na maioria inanes, não por culpa própria, mas porque os das universidades não parecem capazes de mais.
9- Os professores do secundário são em muito maior número que os das universidades e ganham muito menos.
10- O que está em causa desde o ano passado é tão-só uma questão económica. Só não vê quem não quer. Vasco Pulido Valente, embora num texto que manifesta certa ignorância quanto ao quaotidiano do ensino, pôde dizer o que ninguém diz: quando a escola for paga, acaba-se a bandalheira.
Um professor do básico
Se há coisa que não existe entre os professores do secundáeio é espírito de classe. A prová-lo o não ter uma Ordem, como as classes dos adovogados (os melhores do mundo são portugueses); a dos médicos (outros génios mundiais); a dos engenheiros (aspas); a dos enfermeiros (idem); a dos contabilistas and so one...
1 – Uns sim, outros não. Fazem estágio profissionalizante, têm cadeiras pedagógicas na Universidade. No caso dos que possuem formação específica.
2 – Certo.
3 – Há também os que não cumprem essas ordens. E há os que cumprem à sua maneira. E há os que fazem tudo para não cumprir. E há os que assobiam para o lado. E há os que, tendo lá os seus motivos, dificultam esse cumprimento vendo problemas em tudo, levantando dúvidas acerca de tudo, complicando tudo.
4 – Há grunhos e grunhos. Alguns até são professores.
5 – Certo.
6 – Alguns, quer no que respeita ao secundário quer no que concerne às universidades. Tive um professor na Universidade que me telefonou uma vez para casa, acordando-me de uma ressaca, a dizer-me que esperava por mim na Faculdade para me fazer uma Prova Oral que, se não fosse feita, implicaria o meu chumbo na Cadeira depois de eu ter consigo um 16 no Exame. (sic!)
7 – Certo.
8 – Depende dos casos. Ver ponto 1.
9 – Parcialmente certo. Depende se estão no início ou no topo da carreira profissional.
10 – Falso e inconstitucional, ainda bem. O direito à educação é universal. O que está em causa é o Ensino Público. Eu sou, por princípio, por ele. O que não implica ser contra o outro. Se a questão for meramente económica, é dos tempos que correm. Muito dinheirinho corre por aí inutilmente.
Um professor básico
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